segunda-feira, 21 de março de 2016

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segunda-feira, 14 de março de 2016

Olimpíadas de Língua Portuguesa. Gênero Textual "Crônica"

                                                                 A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês.

O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso."
Fernando Sabino

Gênero Discursivo: Biografia.

Aula realizada dia 11-03-2016, onde cada educando fez a leitura de pesquisas sobre o perfil biográfico de uma personalidade, escolhida pelos os mesmos.

Solicito aos meus alunos que escrevam  um fato ou uma frase  relevantes da vida da personalidade, da qual fez a escrita.

sexta-feira, 11 de março de 2016

Bom dia.

"Se a gente cresce com os golpes duros da vida, também podemos crescer com os toques suaves na alma".

Cora Coralina

quinta-feira, 10 de março de 2016

Desistir Jamais.

Literatura 2º Ano. " Romantismo"



Caros alunos, acessem os links abaixo, faça um leitura sobre a escola literária  “ Romantismo” e  os resumos das obras, relacionadas ao mesmo, após deixe um comentário acerca da obra escolhida .

Língua Portuguesa II- 1º Ano

Bom dia!

Caros alunos, acessem os links abaixo para resolverem os jogos de Língua Portuguesa, após deixem comentários acerca dos mesmos.
/http://educarparacrescer.abril.com.br/jogos/
http://guida.querido.net/jogos/

Literatura- 3º ano. "Pré-Modernismo"



Caros alunos, acessem os links abaixo, faça um leitura sobre o período  “ Pré-Modernismo” e  os resumos das obras, relacionadas ao mesmo, após deixe um comentário acerca da obra escolhida .

quarta-feira, 9 de março de 2016

Língua Portuguesa 9º ano

 Bom dia!
Caros alunos, acessem os links abaixo para resolverem os jogos de Língua Portuguesa, após deixem comentários acerca dos mesmos.
/http://educarparacrescer.abril.com.br/jogos/
http://guida.querido.net/jogos/ 

Literatura 1ºEM - Quiz

 Bom dia!
Caros alunos, acessem o link abaixo para resolverem o Quiz na disciplina de Literatura.



 


Conto: A VELHINHA DA FLORESTA

A VELHINHA DA FLORESTA
Jorge, Isidoro e Félix eram filhos de um alfaiate muito bom, chamado José.
À medida que foram crescendo, cada um dos meninos resolveu escolher uma profissão com que pudesse ganhar a vida. Jorge quis ser moleiro, Isidoro, sapateiro e Félix, car­pinteiro.
Naquele tempo era costume, ao aprender  uma profissão, que um menino saísse viajan­do por muitos lugares, procurando trabalho em várias oficinas diferentes, para aperfei­çoar o que tinha aprendido.
E assim aconteceu com Jorge, Isidoro e Félix.
O primeiro a sair foi Jorge, que era o mais velho. José deu ao filho uma bolsa com moedas, outra com comida, e desejou-lhe boa sorte. O menino, ao partir, prometeu ao pai que só retornaria depois que tivesse ganhado algum dinheiro.
Assim, Jorge saiu viajando por muitos lu­gares, pedindo trabalho em todas as oficinas por que passava. Entretanto, apesar de ele ser um grande moleiro, por mais que se es­forçasse, nada conseguiu encontrar.
Quando a bolsa de dinheiro que o pai lhe havia dado estava quase vazia, Jorge ficou muito preocupado e com medo. Sem saber bem para onde ir, começou a andar ao léu tentando descobrir o que fazer.
Andou, andou, até que foi parar no meio de uma floresta. E estava ali, desolado, quan­do, de repente, encontrou uma velhinha muito simpática que, ao vê-lo tão triste, perguntou:
— Onde você está indo, meu menino? Parece que está muito desanimado. Não quer me contar o motivo de tanta tristeza?

       — Ah, boa senhora! — respondeu Jorge. — É que saí de casa há muito tempo, em busca de trabalho. Mas até agora não encontrei nada!   E não quero voltar com as mãos vazias, depois de ter andado tanto!
     — Qual é a sua profissão? — perguntou a velhinha.
— Sou moleiro! — respondeu o menino. — Ah! — disse ela, sorrindo. — Mas que bom! Sabe que eu estou precisando justa­mente de um moleiro para trabalhar em mi­nha casa? Você não quer vir comigo? Tenho certeza de que vai gostar!
Jorge ficou muito feliz e imediatamente aceitou o convite.
A velhinha morava bem perto dali, e Jor­ge ficou encantado com a casa, que era muito grande e bonita, e com o lugar onde ela fica­va, cheio de árvores altas e viçosas.
Assim que chegaram, a boa senhora lhe deu um quarto limpo e agradável. Depois, serviu-lhe um jantar delicioso e os dois con­versaram por bastante tempo antes de dor­mir.

Na manhã seguinte, bem cedinho, Jorge já começou a trabalhar. Ele gostava de ser moleiro, por isso trabalhava bem e com von­tade. Além disso, a velhinha era uma pessoa simpática e bondosa, e Jorge não queria desgostá-la.
E o tempo foi passando rápido, sem que ele percebesse. Quando já estava naquela casa há alguns meses, a velhinha o chamou e disse:
— Meu rapaz, já não preciso mais de seus serviços. Não posso pagar-lhe com di­nheiro, mas como você é um trabalhador mui­to hábil, vou lhe dar um presente muito va­lioso. Pegue esta mesinha que estou lhe dando e leve-a com você para onde for. No momento em que sentir fome, basta dizer para ela: "Mesinha, cubra-se!", e ela servirá para você toda a comida de que precisar. E agora, adeus, meu filho! E nunca se esqueça da velhinha da floresta!
Jorge ficou triste em partir dali, porque gostava da velhinha e tinha passado com ela dias muito felizes. Em todo caso, como pos­suía agora um presente tão valioso, ficou morrendo de vontade de voltar para casa e mostrá-lo ao pai e aos irmãos. Eles na certa iam gostar, porque, com uma mesa como aquela, nunca mais precisariam temer a fome e a necessidade.
Sua casa, porém, estava longe, e Jorge teve que viajar muito até chegar lá. No ca­minho, todas as vezes que sentia fome, era só pegar a mesinha encantada e dizer: "Mesinha, cubra-se!", que ela imediatamente se cobria com uma linda toalha, sobre a qual apareciam comidas deliciosas, vinhos exce­lentes, pratos, garfos, facas e tudo mais que fosse necessário para uma boa refeição.
Quando parava nas hospedarias, bastava pedir um quarto para dormir e pagar apenas a cama.
E a viagem seguiu tranqüila, até que cer­ta noite Jorge chegou à última estalagem em que deveria se hospedar antes de chegar em casa.

O rapaz, como sempre, pediu apenas um quarto e subiu com sua mesinha para jantar. O dono da estalagem, entretanto, era um su­jeito muito curioso. Achou esquisito alguém viajar carregando uma mesinha e, além disso, nao pedir nada para comer. Por isso, sem que seu hóspede percebesse, ficou espiando pelo buraco da fechadura. Dessa forma, pôde ver quando Jorge disse as palavras que lhe tinha ensinado a velhinha da floresta. Viu também a mesinha cobrir-se de um delicioso jantar, e ficou com muita inveja.
Como o homem era também desonesto, co­meçou a tramar um jeito de roubar de Jorge aquele objeto tão precioso. Assim, durante a noite, enquanto todos dormiam, substituiu a mesa do rapaz por uma outra muito parecida e escondeu a verdadeira.
Na manhã seguinte, Jorge partiu cedinho, porque estava ansioso para chegar em casa. E foi-se embora, carregando a mesinha falsa, sem notar que havia sido roubado.
Logo que chegou, chamou, muito satisfeito, o pai e os irmãos para mostrar o que trazia.
Vejam! — ele gritou. — Agora nenhum de nós precisará mais trabalhar e nem temer a fome. Esta mesinha é encantada e nos vai fornecer a comida de que precisarmos!
E pronunciou, então, as palavras que a velha lhe havia ensinado. A mesinha, porém, Continuou vazia. Jorge repetiu as palavras duas, três, quatro vezes, mas nada aconteceu. Os irmãos começaram a rir, e José, achando que o filho havia sido enganado, lhe disse:
— Ai, meu pobre filho! Foi isso que você conseguiu, depois de tanto tempo fora de casa? Acho que é melhor não ficar esperan­do esta mesa nos dar comida, e sim arranjar um trabalho aqui mesmo na aldeia, para re­cuperar tanto tempo perdido!
Jorge não respondeu nada. Lembrava-se muito bem de todas as coisas gostosas que a mesa lhe havia dado, e não conseguia en tender o que estava acontecendo.
Tempos depois, chegou a vez de Isidoro, que era sapateiro, partir.
José preparou-lhe a comida e a bolsa com dinheiro, como havia feito para Jorge, e se despediu do filho, desejando que ele tivesse mais sorte que o irmão.
Isidoro também viajou muito, andou por muitos lugares, perguntando, oferecendo-se para trabalhar e, no entanto, nada conseguiu.
Assim como seu irmão, um dia, quando já não sabia o que fazer, acabou indo parar na mesma floresta, onde também encontrou a boa velhinha. Ela lhe ofereceu trabalho e tra­tou-o tão bem quanto havia tratado Jorge.
Passados alguns meses, a velhinha o cha­mou e disse:
— Meu filho, gostei muito de você e do trabalho que fez. Mas agora já não necessito mais de seus serviços. Não posso pagá-lo em dinheiro, mas vou lhe dar um presente que vale por todos os tesouros do mundo. Leve este burrinho com você e, sempre que preci­sar de dinheiro, diga a ele: "Meu burrinho, sacuda-se", e ele soltará pelo nariz todas as moedas de que você necessitar.
Isidoro ficou muito feliz com o presente, e logo que saiu dali resolveu verificar se não tinha sido enganado. E, realmente, assim que pronunciou as palavras que a velhinha da flo­resta lhe tinha ensinado, o burrinho se sacu­diu e começou a soltar pelo nariz uma grande quantidade de moedas de ouro.
— Que bom! — ele disse. — Agora já posso voltar para casa e me tornar um homem riquíssimo! Serei mais rico que o fidalgo de minha aldeia com todos os castelos e terras que ele tem!
E seguiu com destino à sua casa. No ca­minho, no entanto, também precisou passar uma noite na mesma estalagem em que Jorge tinha sido roubado.
Depois de jantar muito bem, pediu ao de­sonesto estalajadeiro que esperasse um pou­co, enquanto ele ia buscar o dinheiro para pagar. O homem, curioso como era, ficou espian­do, sem que Isidoro percebesse. E viu, quan­do o rapaz disse as palavras mágicas, a quan­tidade de moedas de ouro que saíram das na­rinas do burrinho.
O estalajadeiro, mais do que depressa, fi­cou pensando num jeito de roubar o animal. Esperou que Isidoro fosse dormir e trocou o burrinho encantado por um outro da mesma cor.
No dia seguinte, como havia acontecido com Jorge, Isidoro se levantou bem cedo e partiu, sem se dar conta de que havia sido roubado.
Ao chegar em casa, abraçou feliz o pai e os irmãos e mostrou-lhes o burrinho, dizen­do:
— Agora sim! Daqui pra frente, nenhum de nós vai precisar trabalhar, e seremos ri­quíssimos! As pessoas mais ricas de toda a aldeia!
E pronunciou as palavras mágicas que a velhinha da floresta lhe tinha ensinado. Mas, desta vez, nada aconteceu. O falso burrinho permaneceu quieto e, por mais que Isidoro lhe dissesse: "Meu burrinho, sacuda-se!", não deixou cair sequer uma moeda de ouro.
— Ai, meu filho! — disse José. — Se você nesse tempo todo só conseguiu este animalzinho, acho melhor trabalhar como sapateiro aqui na aldeia mesmo, para poder sobreviver.
Isidoro ficou tristíssimo e sem entender o que havia acontecido. Enfim, como não achou outro remédio, resolveu fazer como Jorge e procurar trabalho em sua própria aldeia.
Um ano depois, Félix, o filho caçula, re­solveu viajar para aprender melhor o seu ofi­cio de carpinteiro.
Da mesma forma que os dois irmãos, partiu, levando a comida, o dinheiro e a bên­ção do pai. Andou por muitos lugares, sem conseguir nenhum trabalho. Por fim, sem perceber bem como, acabou indo parar na mesma floresta, quando o dinheiro que o pai lhe havia dado já estava quase no fim.

Ele também encontrou a velhinha da flo­resta, que o contratou para trabalhar em sua casa. Também foi muito bem tratado por ela, e passou vários meses ali, trabalhando com muita vontade.
Um dia, assim como tinha acontecido a Jorge e Isidoro, a boa senhora o chamou para dizer que não precisava mais de seus servi­ços.
— Você é trabalhador e tem bom coração — disse ela. — E eu, como não posso pagá-lo em dinheiro, gostaria de lhe dar um bom pre­sente. Mas tenho medo de que você seja tolo como seus irmãos e acabe também sendo rou­bado. Em todo caso, vou lhe dar um presente e espero que você saiba usá-lo. Leve com você este saco. Dentro dele há um pedaço de pau, e, sempre que você estiver em perigo, é só dizer: "Ao trabalho!", que ele o defenderá o quanto for necessário. Quando quiser que ele pare, é só gritar: "Entre no saco!", que ele obedecerá.

No dia seguinte Félix partiu e, depois de viajar por vários dias, acabou chegando também à mesma estalagem onde os irmãos haviam sido roubados. Desconfiado da honestidade do estalajadeiro, que desde sua chegada se mostrou muito curioso, o rapaz resolveu investigar se ele tinha algo a ver com o desa­parecimento da mesinha e do burrinho mági­cos. Assim, entregou o saco para que o esta­lajadeiro o guardasse. Depois, chamou o ho­mem e avisou:
— Aquele saco contém uma coisa muito valiosa, que gostaria que o senhor guardasse até eu partir. Mas cuide muito bem dele, pois ele é encantado e se alguém lhe disser: "Ao trabalho!’.', acontecerão coisas extraordiná­rias!
Essas palavras foram suficientes para aumentar a curiosidade e a ganância do deso­nesto estalajadeiro, que mal conseguiu espe­rar que todos dormissem para verificar as propriedades do objeto misterioso. Esperou que o silêncio reinasse na hospedaria, levou o saco encantado até um canto do quintal e disse baixinho:
— Ao trabalho!
Imediatamente o pedaço de pau saiu de dentro do saco, e começou a lhe bater. Apa­vorado, o homem saiu correndo pelo quintal, mas de nada adiantava fugir, porque o objeto mágico o perseguia aonde quer que ele fosse, sem parar de bater um segundo.
Desesperado, o estalajadeiro começou a gritar por socorro, e Félix, que ainda não ha­via dormido, esperando justamente por isso, apareceu à janela e gritou:
   É bem feito que aconteça isso para você, seu desonesto! Já não chega ter rou­bado a mesinha de um irmão meu e o burrinho do outro?
   Perdão! Perdão! — gritou o homem. — Juro que se fizer este pau parar de me ba­ter devolverei a você o que roubei de seus ir­mãos e o deixarei ir embora no momento em que quiser!


Ao ouvir isso, Félix ordenou ao pau que voltasse para dentro do saco e obrigou o estalajadeiro a devolver-lhe a mesinha e o burrinho encantados.
Na manhã seguinte, depois de certificar-se de que o homem não o havia enganado, partiu dali muito contente, em direção a sua casa.
Foi recebido com muita alegria pelo pai e pelos irmãos e, desse dia em diante, os qua­tro passaram a ser as pessoas mais ricas da aldeia. Eram também muito queridos por todos, porque nunca deixaram de ajudar nin­guém com os presentes encantados que lhes tinha dado a velhinha da floresta, que na ver­dade era uma fada muito bondosa.